Só aranhas que armam suas teias.

José Feitosa da Silva

(JFeitosa)

O silêncio da mata,

Fez-me escrever este poema!

- Não ouço a cantiga das águas,

- Nem o canto da seriema.

Só um grilinho atrevido,

Quebra o silêncio que me assusta!

Denunciando seu próprio esconderijo,

Em meio folhas miúdas.

As formigas trabalham prazerosas.

Em fileira carregando trapos!

- Uma procissão silenciosa!

Que se encerra dentro de um buraco.

Não vejo nenhuma borboleta!

- Se ausentam por não ter floradas.

Só aranhas que armam suas teias,

Nas veredas da silenciosa mata!!!

JFeitosa
Enviado por JFeitosa em 01/10/2014
Reeditado em 01/10/2014
Código do texto: T4983623
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