Só aranhas que armam suas teias.
José Feitosa da Silva
(JFeitosa)
O silêncio da mata,
Fez-me escrever este poema!
- Não ouço a cantiga das águas,
- Nem o canto da seriema.
Só um grilinho atrevido,
Quebra o silêncio que me assusta!
Denunciando seu próprio esconderijo,
Em meio folhas miúdas.
As formigas trabalham prazerosas.
Em fileira carregando trapos!
- Uma procissão silenciosa!
Que se encerra dentro de um buraco.
Não vejo nenhuma borboleta!
- Se ausentam por não ter floradas.
Só aranhas que armam suas teias,
Nas veredas da silenciosa mata!!!