FÁBRICA

A liberdade é imaginativa

Estamos presos, sem ir e vir

Numa fábrica ativa

De bocas para sorrir.

Vivemos nas zonas rurais

Das zonas eleitorais

Na vida de gado

De povo marcado.

Suicídio em massa

Na sociedade sem caça

O desperdício despercebido passa.

Na rotina cotidiana do dia a dia

Mandamos o planeta para o espaço

Na sede, na fome, na estia

Não vejo, não ouço, não faço.

Tsunamis e vulcões de terror

Aviões caindo, que horror!

A vida banal, mero número

Mais uma cruz para o túmulo.

É a desculpa do culto à Alá

Para jogar bomba cá e acolá

Igrejas dizimando o povo

Como desculpa para roubar.

Cerimônias nupciais

Entre guerra e paz

Rivalidades globais

Apocalipses anuais.

A moda social ditatorial

A esculpir o corpo ideal

Fábrica de mente igual

Todos são fulano de tal.

Somos o que se mostra na TV

Quem te viu, quem te vê

Somos o que ouvimos no rádio

Quem te ouviu, quem te vê.

A revolta do povo calado

No esgoto como ratos

Engolindo sapos

Aos trapos.

É doença da mente

Sociedade demente

Doente.

Seres humanos

Em cadeias mentais

Voltando a serem os neandertais

De anos e anos atrás.

Aos que são de si detentos

Aconselho um conselho

Deixa de ser um espelho

Pensa menos em pensamentos

E faz mais coisas reais.

Adriel Alves
Enviado por Adriel Alves em 24/09/2014
Código do texto: T4974591
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