Ponto de Partida
Para cada vida que morre uma nova vida se inicia
Despedida, chegada.
Adormecer, um adulto sonhando como criança.
As permutas são constantes,
Umas bem aceitas, outras nem tantas.
Despertar, de sonhos acordar.
De pesadelos amargar.
De um amanhecer, renovar.
Despertar, acreditar, ir a luta.
Nem todo sonho se realizará.
Nem todo pesadelo se concretizará.
Momento, hora e tempo.
A ansiedade querendo nos ludibriar.
Para cada conquista, amadurecimento.
A cada perda, ficamos calejados.
Também fortificados.
A vida se desenrola,
O tempo é inimigo,
Também amigo,
E as vezes indiferente.
Somos coadjuvantes, protogonista.
Pena dos que são figurantes.
Somos que não somos,
não somos o que deveríamos ser.
E não somos ninguém.
Somos donos daquilo que não é nosso.
Pequenos somos, diante do que a vida realmente é.
A evolução à de nos evoluir,
A vida, nem o tempo vai nos esperar.
No fim, seremos plumas
Leves,
Delicadas,
Sem rumo, ao domínio do vento.