Eu sei...
Foram tantos dias, noites e madrugadas,
Vento, brisa, mormaço, calor, chuva,
O tempo do tempo lá fora
E tantas palavras perdidas dentro dos meus olhos.
Já era dia e nem dava em conta a hora.
Cigarros, assuntos sem fim e sorrisos,
Era tanto e por tanto motivo, sem motivo também.
Mentira...
O motivo estava ali, bem à frente livre e solto.
A gentileza, a conquista sem intenção de ser,
O cuidado, a preocupação e às vezes longos silêncios,
Tão úteis tão sábios e tão falantes, que diziam mais que filmes do cinema mudo.
Parafraseando o poeta: “Essa é a saudade que eu gosto de ter”...
Eu sei, eu sei e sempre saberei...
Cássia Da Rovare