Apenas nada
Um jogo de luzes, reflexos que a cegavam.
Sombras esculpidas no mármore e em um segundo, a escuridão.
A lua gigante mantinha o olhar fixo nela.
O ritmo acelerado de seu coração, a dispersava do mundo exterior.
Por um segundo sentiu seu interior desfalecer.
Uma espécie de transe singular!
Mente paralisada corrompendo-se por gritos emudecidos.
Segredos guardados à sete chaves estavam ao ponto de eclodir naquele turbilhão de bizarrices que sua mente manifestava.
Iludindo sua alma.
Contrariando seus sentidos.
Ia e vinha, tentando acreditar que aquilo fazia parte dela.
Apenas palavras.
Frases bem formuladas, que desenhadas em seu caderno de anotações a faziam acreditar que eram a solução de seus problemas.
(...)
Sentiu o frio tocar seu rosto e, novamente, fora abraçada pela escuridão.
O brilho da lua dispersava-se no céu e naquele breve instante, sua alma cansada, pegou o caminho de volta à lucidez.