Apenas nada

Um jogo de luzes, reflexos que a cegavam.

Sombras esculpidas no mármore e em um segundo, a escuridão.

A lua gigante mantinha o olhar fixo nela.

O ritmo acelerado de seu coração, a dispersava do mundo exterior.

Por um segundo sentiu seu interior desfalecer.

Uma espécie de transe singular!

Mente paralisada corrompendo-se por gritos emudecidos.

Segredos guardados à sete chaves estavam ao ponto de eclodir naquele turbilhão de bizarrices que sua mente manifestava.

Iludindo sua alma.

Contrariando seus sentidos.

Ia e vinha, tentando acreditar que aquilo fazia parte dela.

Apenas palavras.

Frases bem formuladas, que desenhadas em seu caderno de anotações a faziam acreditar que eram a solução de seus problemas.

(...)

Sentiu o frio tocar seu rosto e, novamente, fora abraçada pela escuridão.

O brilho da lua dispersava-se no céu e naquele breve instante, sua alma cansada, pegou o caminho de volta à lucidez.

Nadine Borges e Taie
Enviado por Nadine Borges em 09/09/2014
Código do texto: T4954831
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