EM SUAS MÃOS
Juliana Valis
Em suas mãos, o próprio céu redime
A insipidez de um mundo sem fecundo amor,
Profundo véu, insensatez de um crime,
Inerente ao pranto sem qualquer temor...
Em suas mãos, a própria luz transcende
O ápice das palavras presas aos sentidos,
Como se houvesse sol além do amor que prende
Os inócuos sonhos que não foram lidos...
Ah, tristonhos versos na mão dos ventos,
Sentimentos como pássaros voando além
Do bem, do mal, dos sonhos sempre lentos,
Pesadelo intrépido que o céu contém !
Pois alguém fará dos sonhos tão loquazes
Ternos réquiens que o coração condensa ?
Se as mãos da vida já são tão vorazes,
O que dizer da alma, por si só, imensa ?
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todo céu é uma fração do infinito de quem podemos ser.
Juliana Valis
Em suas mãos, o próprio céu redime
A insipidez de um mundo sem fecundo amor,
Profundo véu, insensatez de um crime,
Inerente ao pranto sem qualquer temor...
Em suas mãos, a própria luz transcende
O ápice das palavras presas aos sentidos,
Como se houvesse sol além do amor que prende
Os inócuos sonhos que não foram lidos...
Ah, tristonhos versos na mão dos ventos,
Sentimentos como pássaros voando além
Do bem, do mal, dos sonhos sempre lentos,
Pesadelo intrépido que o céu contém !
Pois alguém fará dos sonhos tão loquazes
Ternos réquiens que o coração condensa ?
Se as mãos da vida já são tão vorazes,
O que dizer da alma, por si só, imensa ?
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todo céu é uma fração do infinito de quem podemos ser.