Ilusões do Etílico

Da catarse entre a pena e a linha

Nascem frases

Que até a pena duvida...

Alinhavadas e bem cosidas no mais alto cabedal

Sem enredo e sem sentido

Realmente...acho que já estou passando mal !!!!

Na realidade

Tudo é frugalidade

Tosca é a sensibilidade

Adormecida pelo álcool

Deturpada e desconexa

É esquisita essa realidade sem pressa

Na realidade

Tudo é sem sentido

Carente de atenção

Nada é absoluto

Já não existe mais a idade da razão...

Na realidade

O nada é perfeito

E toda causa tem seu efeito...

Sou tão humano

Tão cheio de defeitos...

É... o álcool já não me deixa mais pensar direito!!!!

Encontro-me nestas linhas

Perdido em devaneios e entre copos de vinho

Um viajante desamparado

Que segue seu rumo sozinho

Essa estrada é longa e deveras sinuosa

Iludida pelo etílico

É uma jornada sem volta...

Felizes são as crianças

Que não se quedaram de sua inocência

Nem imaginam estas linhas

Que nascem do topor ante a essência...

Abençoadas elas o são

Como querubins em temência

Ao Divino, sua Santidade e a toda Providência

Essa é a realidade que todos negam

Mas é impossível negar

Desmistificar tais ilusões do álcool

Que afetam minha destreza

E toda rima que neste poema há.

Ad majora natus