"Cabra Cega"
"...A Poesia nasce sem a pretensão de ser Poesia.
Ela é a penas o terceiro ato!
O ato de expressar como uma explosão, um sentimento uma visão.
Uma emoção que nos invade e segue sozinha mundo a fora.
Como o badalar dos sinos, um hino, uma paixão.
Uma carta sem destinatário, lida por todos.
Uma massagem codificada, um alerta, uma cantada.
A Poesia não precisa de pompa, ela é mestra é bamba.
Serpenteia nosso íntimo e é certeira como flecha.
Até um coração revestido de couraça ela atravessa.
A Poesia é uma festa, onde o que menos interessa é o local.
A Poesia é um carnaval, visceral e lúdica.
O arauto é apenas coadjuvante, o encarregado de trazer a boa nova.
Seja ela em verso ou prosa.
A Poesia está la!
Você não a enxerga mais ela pode te tocar..."
("Cabra Cega", Carlos Ventura)