LUAR DE PRATA NAS FOLHAS DE BANANEIRAS

Poeta louco

Procurando buraco de ozônio

No céu de sua alma.

Vozes caladas,

Silêncio que murmura.

Viver, eterno viver,

Pisando neste chão de estrela

Num caminho que vai pra lugar nenhum.

Poeta louco, coração doente

Com tantos de repente,

Que a vida traz.

Poeta louco, rima de menino

Endereço sem destino,

Remetente anônimo,

Vida por um fio,

Curto pavio

Desta bomba que a vida é.

Por que, poeta louco,

Conta as estrelas e acha pouco

Os tantos sonhos

que sonha nas tardes de outono?

Será a poesia

O seu hospício comportado?

Será a paixão de viver

O seu suplício eterno?

Para onde vai, poeta louco?

“Vou me esconder atrás desta folha!”

Jonas De Antino
Enviado por Jonas De Antino em 19/08/2014
Código do texto: T4928527
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