POR AMOR A POESIA
Ysolda Cabral
Eu choro de tristeza,
mas choro também de alegria!
Choro até de sono ao bocejar cansaço,
solidão e desgosto...
Eu choro sempre!...
Tanto quanto sorrio e brinco.
Choro até sorrindo,
quando me vejo indo sem querer
ou ficando quando queria ir.
Sou assim...
Meio louca, meio boba,
meio irritada, meio afetada,
Meio assim, assim...
Ah, o que será de mim,
que, por amar tanto a poesia,
já nem caibo em mim!
Eu sou mesmo um transtorno!
Da Natureza um terrível engodo.
Sou um ser desprezível e tosco,
que pela Poesia permanece aqui.
Praia de Candeias-PE
No andar de Agosto
13.08.2014 ( 4a.feira)