Dona de mim.

Quem será a dona da casa?

A "ordem",corre junto com as "crianças".

A gata,a cachorra,o porquinho da índia.

Quem alimenta todos esses "seres vivos"...

E ainda tem o peixe azul,no aquário trincado.

Tem tantas coisas "trincadas" por aqui.

O meu orgulho,de "ter" que ser tão dona da

Ordem,desordenou...

Eu não quero ser mais "mãe" de tantos problemas,

Não pari,todos eles...E a desordem do quarto,hoje...

Não é nada,perto da desajustada ordem,que eu terei

Que organizar...

Não me ensinaram,que seria assim,não me avisaram

Que eu teria as minhas ilusões esparramadas,que não

Teria jeito de colher flores perfumadas,se pisoteiam tanto

Com tanto descuido,no meu "jardim".

E os meus "direitos",os meus perfeitos sonhos

enfileirados,vão voltar...para o "jardim da infância".

A vida,não me preparou para o caos...não fiz curso

Nenhum para "salvar o mundo",nem tão pouco

Para me salvar de mim.

E se a angústia não sair...e daí?

Ficarei por aqui,respondendo as minhas perguntas,

Neste canto "sagrado" da minha casa,o único sem o

"Invasor"...o insolente,inconsequente...demolidor de sonhos.

Não gosto de tomar meu café pela manhã,sem a doce mordida

na "maçã"...Mas diante do caos,preciso reencontrar os meus

pedacinhos...devem estar perto do aquário,do último ser vivo,

Que eu alimentei pela manhã.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 18/05/2007
Reeditado em 18/05/2007
Código do texto: T491353
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