Dona de mim.
Quem será a dona da casa?
A "ordem",corre junto com as "crianças".
A gata,a cachorra,o porquinho da índia.
Quem alimenta todos esses "seres vivos"...
E ainda tem o peixe azul,no aquário trincado.
Tem tantas coisas "trincadas" por aqui.
O meu orgulho,de "ter" que ser tão dona da
Ordem,desordenou...
Eu não quero ser mais "mãe" de tantos problemas,
Não pari,todos eles...E a desordem do quarto,hoje...
Não é nada,perto da desajustada ordem,que eu terei
Que organizar...
Não me ensinaram,que seria assim,não me avisaram
Que eu teria as minhas ilusões esparramadas,que não
Teria jeito de colher flores perfumadas,se pisoteiam tanto
Com tanto descuido,no meu "jardim".
E os meus "direitos",os meus perfeitos sonhos
enfileirados,vão voltar...para o "jardim da infância".
A vida,não me preparou para o caos...não fiz curso
Nenhum para "salvar o mundo",nem tão pouco
Para me salvar de mim.
E se a angústia não sair...e daí?
Ficarei por aqui,respondendo as minhas perguntas,
Neste canto "sagrado" da minha casa,o único sem o
"Invasor"...o insolente,inconsequente...demolidor de sonhos.
Não gosto de tomar meu café pela manhã,sem a doce mordida
na "maçã"...Mas diante do caos,preciso reencontrar os meus
pedacinhos...devem estar perto do aquário,do último ser vivo,
Que eu alimentei pela manhã.