UTOPIAS.
Em tempo de  lúcidas   fantasias
    Posterga-se a razão, a realidade
     Obstáculos  não são conjeturados
       Flutua-se em imponderáveis sonhos.
 
O tempo  mostra o que era invisível
   Lapidam-se as arestas inevitável dor
       Sorve-se o analgésico da desilusão
         Em busca de um tempo adormecido.
 
O inacreditável bate em nossas portas
     O inexplicável silencio fustiga a mente
       Não há diálogo, só a amargura da solidão
                 O que era uno perdeu-se , nada resta.