Mais um poema de amor
o amor não doa palavras;
cede momentos
para a alma fotografar.
ficam nos porta-retratos das
lembranças dispostos
em bancadas para a
mente burilar.
é o desamor quem percorre
ruas sem encontrar pousada.
vive de mãos estendidas
mendigando a certeza
da existência do amor idêntico
ao que sonhou e,
passa frio,
passa fome
enquanto passa
o amor
atrás de
um passante