Liberdade ainda que tardia

Não quero a liberdade de um dia azul

Nem quero a certeza dos loucos

Se é tarde pra começar, o tempo vai ter que aturar meu transtorno.

E esse ultraje vale pela covardia do passado.

Se meu rastro seguiu falho, descarto agora meu último jogo

e a voz que me atormenta quem sabe silencia.

Talvez esse desatino cale a dor que persiste e dilacera.

É a última dose, no último bar que fecha, minha última dose...

Não quero o ar que todos respiram

Sei que a falsa moral é do mundo um vírus

O inusitado é bem mais atrativo

Ignoro regras, busco meu próprio estilo.

Gosto da fragilidade dos mortais cujos erros são permitidos.

E se esse corte foi sanado, agora me refaço do meu último porre,

naquele último bar que fechou...

Na noite que julguei ser última.

LRodrigues
Enviado por LRodrigues em 22/07/2014
Código do texto: T4892262
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