Liberdade ainda que tardia
Não quero a liberdade de um dia azul
Nem quero a certeza dos loucos
Se é tarde pra começar, o tempo vai ter que aturar meu transtorno.
E esse ultraje vale pela covardia do passado.
Se meu rastro seguiu falho, descarto agora meu último jogo
e a voz que me atormenta quem sabe silencia.
Talvez esse desatino cale a dor que persiste e dilacera.
É a última dose, no último bar que fecha, minha última dose...
Não quero o ar que todos respiram
Sei que a falsa moral é do mundo um vírus
O inusitado é bem mais atrativo
Ignoro regras, busco meu próprio estilo.
Gosto da fragilidade dos mortais cujos erros são permitidos.
E se esse corte foi sanado, agora me refaço do meu último porre,
naquele último bar que fechou...
Na noite que julguei ser última.