JUÍZO – VINNICIUS CLADU.
Ah! Madrugada
Sempre tão cedo acorda
Abre vidraça e me beija
Luta, acorda e enseja
Todo meu sono roubar
Ah! Madrugada
Cospe no dia e boceja
Se há solidão, me lateja
Corre da luz
Não quer sol
Coitado, meu sol
Nunca curtiu a madruga
Sempre com luz radiante
Nunca verá o escuro
Nunca esse lado do muro
Te servirá de passeio
Dia e noite
Claro e escuro
O meu rabisco futuro
Decifrará o que passou
O que me foge é dia
Talvez até de agonia
Qualquer sorriso é suspeito
Meu peito
Transa a insana loucura
Sempre em busca da cura
Que levemente é luxuria
Talvez pecado mortal
Banal
Você achar que o seu lenço
Limpa sua lágrima crua
Que sua pele está nua
Quando despir com um sorriso
Juízo
Faz-se de realidades
Culpa os seres capazes
De se julgarem...
Culpados...
...E eu sou.
Feira de Santana – BA. 12.07.14.