Rosas Brancas

Aromáticas, decoravam o jardim, ornamentavam o vaso
na espera paciente.
A bebida predileta era o deleite na chegada, enquanto,
lábios, cobiçados, sorviam sabor, cítrico amadeirado.
Sobreviveram, vinhedos, roseirais, o jardim perdeu vivacidade,
há, uma lacuna impreenchível, incomodativa retirando a paz,
junto à ela a beleza que, ainda dizem existir

no antigo casarão eu, já, não visualizo mais...
Onde pode estar a beleza, diante do olhar embaçado,
lacrimejante, sentindo a respiração ofegante,
peito comprimido pelo sentimento de saudade?

Nadir A. D’Onofrio
11/07/2014*16:30
SN-São Paulo

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