LABIRINTO

Há muito tempo adentrei intrincado labirinto

Era-me tão simples começar e retornar

O caminho foi ficando mais confuso, crítico

Numa noite me perdi, e me perdia mais ao procurar...

Um dia uma voz gritou meu nome e esperei

Aproximou-se uma mulher que era céu e mar

Seu nome era Ariadne, sua paz me fez esquecer

Por um breve momento eu não precisava escapar

Eu via nos seus olhos a saída, eu via o céu e o mar

À noite eu lhe nomeava as estrelas e constelações

E ela me falava sobre o caminho a trilhar

Mas eu tinha muitas, mil, infinitas indagações

E quando ela se foi, permaneci a indagar

Outras pessoas encontrei, algumas também perdidas

Algumas sabiam o caminho e tentavam me levar

Hoje, dizem, a saída está tão distante quanto a estrela matutina.

Marcel de Alcântara
Enviado por Marcel de Alcântara em 09/07/2014
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