Viajo
Eu te contemplo como as águas em tempestade se seguram na lua
Refletida em nosso mundo tão perto e tão distante...
Espelho em que o poeta risca versos sem sentidos; para os outros.
Universo distante que se deita ao meu lado toda noite me oferecendo o peito para repousar.
No perfume imaginário do seu corpo embriagues nesse sonho distante, oceano esquecido.
Ouço a chuva, trovões e relâmpagos no mar, a clarear teus olhos.
Ah teus olhos... Num sonho distante, nesse oceano esquecido, me embalo noite após noite.
Na rede da imaginação, na impossibilidade de um toque, em segredo te guardo e contigo viajo.