Santa visita!

Entre o conforto do querer-se o bom

O que dá prazer

E o que foi ensinado

E mais uma vez ratificado pelo pontificado

Sinto-me assim

Meio safado

Diante das restrições

E das enxurradas de opiniões

Pelas quais, também desta vez,

Recebo puxões

Estanco sim

Com minhas aberrações

Nem só de papa vive a vida

Ela também tem sua gororoba desenxabida

E dessas, santidade alguma

Reduz o imposto pago no dia a dia ao dogma e ao ritual

Zero abatimento

Nenhum percentual

De resto, também implacáveis,

São outras doutrinas

Regras rígidas ao infeliz

Que se ampara no mal confortavelmente temporário

Saído de suas entranhas e, por isso, temerário

Pela dita sugestão do inimigo inominável

Verdades difíceis de seguir

Ou palavras que tem apenas um objetivo em si?

O da preservação de valores mórbidos?

Não haveria consolo nesta vida?

E ter-se-ia que padecer com alma ferida

Para merecer a utopia prometida?

Os males têm proporcionais ofícios

Aos poderosos por quem se morre a defender princípios

Passam incólumes porque justo é considerado o sacrifício

Enquanto os que somente têm a si

Esses estão condenados

Por qualquer tropeço aqui ou ali

A fé flexível de cada um

Mesmo de acordo com os seus interesses

Mesmo assim, parece mais justa

Diante da versão dos porta-vozes da “verdade”

Como não saber-lhe distorcida?

Como, aliás, também o era quando o Filho deu sua vida?