Ventilador

O ar pesado.

O abafado quase permanente.

Não há nada que satisfaça.

Não há nada que amenize.

Nem água, nem suco, nem banho.

Busco, re-busco.

Pela casa te procuro.

Acho-te guardado, empoeirado.

E na falta de algo que me seja permanente,

Contento-me com a incerteza de teu vento.

O vem e o vai.

O sim e o não.

O som e o silêncio.

O frescor e o calor.

A ausência e a presença.

E no teu vem que vai

No teu sim com não

No teu som silencioso

No teu frescor abafado

Espero na tua ausência

E regozijo na presença

A Ana Paula
Enviado por A Ana Paula em 26/06/2014
Código do texto: T4859425
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