Ventilador
O ar pesado.
O abafado quase permanente.
Não há nada que satisfaça.
Não há nada que amenize.
Nem água, nem suco, nem banho.
Busco, re-busco.
Pela casa te procuro.
Acho-te guardado, empoeirado.
E na falta de algo que me seja permanente,
Contento-me com a incerteza de teu vento.
O vem e o vai.
O sim e o não.
O som e o silêncio.
O frescor e o calor.
A ausência e a presença.
E no teu vem que vai
No teu sim com não
No teu som silencioso
No teu frescor abafado
Espero na tua ausência
E regozijo na presença