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Ao ver as minhas lágrimas o olho do mal 
abriu um sorriso imponente...
A desgraça alheia é um motivo 
 para ficar tão contente?

Ao ver o meu desespero a mente perversa 
demonstrou um regozijo...
A cobra vibrou a cauda; mostrou o guizo!
Aplaudiu o meu prejuízo...

O mal não deveria sorrir assim!
Foi uma perda de tempo
 todo este jubilo com o meu fim...
Quando o meu pranto escorreu 
algo gritou no meu eu! A fé renasceu!

O meu desespero fez de mim um rochedo
 e eu não tenho mais medo!
Eu dei a minha resposta com dignidade...
Criei uma fortaleza 
contra os malefícios da ruindade!

Não vai ser um olhar perverso
 que vai desfalcar a minha paz!
O olho do mal ainda me espreita, 
porém não ri mais...
Deixou de ser tão voraz...
Finalmente começou a perceber 
do que o meu espírito é capaz!
 
Janete Sales Dany
Poesia Registrada na Biblioteca Nacional
Janete Sales Dany
Enviado por Janete Sales Dany em 26/06/2014
Reeditado em 19/10/2014
Código do texto: T4859007
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