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Sou cores discretas e alegres...
Não há exatidão na minha pintura!
Sou a quietude e a loucura

Às vezes sou a força das águas...
Tenho a cor do mar
Exalo energia no ar

Às vezes acordo na solidão...
Então perco a cor; sou a lágrima a rolar...
Rezo para logo me encontrar

Às vezes sou a dor da saudade...
Tenho a cor de uma foto amarelada...
Procuro a minha história naquela estrada!

Às vezes acordo e sou fogo...
O vermelho explode pelo meu olhar!
A vontade é de amar, amar...


Às vezes sou a cor do arco-íris...
Sou risos e lágrimas; fusões sem fim...
Todas as cores cintilam em mim!


Às vezes acordo e estou cinza...
Experimento a dor da morte!
Sepulto os meus e tenho que ser forte!


Às vezes fico sem o colorido...
Eu me sinto desbotada...
É a hora que eu não me amo e não sou amada!


  Às vezes acordo e sou cor de rosa...
Mulher vibrante e feminina!
Tenho atitudes de senhora e de menina...

Sou de várias cores...
Como um jardim num rebentar sem fim...
Um escarcéu de flores; eterno eclodir de dores e amores!

Todo mundo é assim...
Colorido pelas emoções de cada dia...
Hoje pode até ser tristeza; amanhã vai ser alegria!
 
Janete Sales Dany
Poesia registrada na Biblioteca Nacional

 
Janete Sales Dany
Enviado por Janete Sales Dany em 26/06/2014
Reeditado em 19/10/2014
Código do texto: T4859005
Classificação de conteúdo: seguro
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