Sou cores discretas e alegres...
Não há exatidão na minha pintura!
Sou a quietude e a loucura
Às vezes sou a força das águas...
Tenho a cor do mar
Exalo energia no ar
Às vezes acordo na solidão...
Então perco a cor; sou a lágrima a rolar...
Rezo para logo me encontrar
Às vezes sou a dor da saudade...
Tenho a cor de uma foto amarelada...
Procuro a minha história naquela estrada!
Às vezes acordo e sou fogo...
O vermelho explode pelo meu olhar!
A vontade é de amar, amar...
Às vezes sou a cor do arco-íris...
Sou risos e lágrimas; fusões sem fim...
Todas as cores cintilam em mim!
Às vezes acordo e estou cinza...
Experimento a dor da morte!
Sepulto os meus e tenho que ser forte!
Às vezes fico sem o colorido...
Eu me sinto desbotada...
É a hora que eu não me amo e não sou amada!
Às vezes acordo e sou cor de rosa...
Mulher vibrante e feminina!
Tenho atitudes de senhora e de menina...
Sou de várias cores...
Como um jardim num rebentar sem fim...
Um escarcéu de flores; eterno eclodir de dores e amores!
Todo mundo é assim...
Colorido pelas emoções de cada dia...
Hoje pode até ser tristeza; amanhã vai ser alegria!
Janete Sales Dany
Poesia registrada na Biblioteca Nacional