Inverno
Dolorosamente vai sendo escrita
Um história de apatia
Repentinamente
Os espaços vão se afinando
Aos prantos
Vão se colocando em seu lugar
Aos meios de não se enxergar
De não se abandonar
Divinamente, sem pressa
Coloca-se aos seu lugar
Delicadamente
Sem ter intenções de se afogar em receios
Profundamente
Meus receios vão se fixando escuros
Os sabores dos quais não saem da minha boca
Os olharem de repreensão
Somos uma força muito estranha
De se ganhar pouco ar aos ares
De não se estar feliz todo dia
De não gostar de se imaginar no futuro
Alarmar um fim já próximo
É o máximo que consegui chegar
O inverno já está aí
Pronto pra nos pegar.