Tempo Partido
Tempo Partido
Eu me vesti da noite e saí nas escuras,
Caminhei no vento através do silêncio.
Fui levado a caminhos que não há volta,
Eu cresci num destino de conspirações.
Os escombros aos poucos estão caindo,
Se eu olhar pra trás perderei o caminho.
Pressentindo a maldade misturada ao ar,
Minh’alma aflita teme pelo meu amanhã.
E estes pensamentos estão me matando,
Não há mais nada a ser consumido aqui.
Cada vez mais eu sinto o meu sangue frio,
Em volta de mim tudo está mais sombrio.
Todo este silêncio esta me aniquilando,
E a cada segundo menos vejo o meu fim.
Toda esta ausência que guardo no peito,
As minhas lembranças do tempo partido.
O que restará de mim?
O que será dito de mim?
Quem irá ficar aqui?
(...)
Victor Cartier