CEGAS AGULHAS
Quantos segredos nessa história,
Camuflados por entre os dentes...
São como rochedos na memória,
De alguns entes inconsequentes...
Esse sigilo que nos remete medo,
Converte em cruz nossa emoção...
E nos confisca por entre os dedos,
Refugiados da luz da imaginação...
Como sombras que sobressaltam,
Ateadas sem liga, tal qual escória...
Atrozes duendes nos atassalham,
Inertes, à veracidade duma glória...
Tantas cravelhas como fagulhas,
Induzem povos à causa da guerra...
Quantos olhos das cegas agulhas,
Sugerem a morte, à vida na terra!
Autor: Valter Pio dos Santos
19/Mai/2014