CEGAS AGULHAS

Quantos segredos nessa história,

Camuflados por entre os dentes...

São como rochedos na memória,

De alguns entes inconsequentes...

Esse sigilo que nos remete medo,

Converte em cruz nossa emoção...

E nos confisca por entre os dedos,

Refugiados da luz da imaginação...

Como sombras que sobressaltam,

Ateadas sem liga, tal qual escória...

Atrozes duendes nos atassalham,

Inertes, à veracidade duma glória...

Tantas cravelhas como fagulhas,

Induzem povos à causa da guerra...

Quantos olhos das cegas agulhas,

Sugerem a morte, à vida na terra!

Autor: Valter Pio dos Santos

19/Mai/2014

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 19/05/2014
Reeditado em 19/05/2014
Código do texto: T4812267
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.