O ATOR DE MIM . . .

muito penso

não passo

nem sei o que faço

me divido em partes

m’esquartejo em nomes

sou identidades

sou plural

sou indagação,

sem respostas,

e o perdão, sem volta...

e me incorporo em mim,

e no amante, no amado,

no pai, no galante enamorado

no profeta, no sonhador,

no pensador e no poeta (!). . .

afinal, o que sou?

(Tadeu Paulo – 2007)