IMPOSSIBILIDADES


Não tenho a fé dos que plantam o trigo,
nem dos que cuidam dos jardins.
Tampouco do que se ajoelha, contrito,
e pede por ele, por mim e por ti.

Não tenho nada a não ser este corpo,
este rosto, esta alma, estes vazios.
Nasci no inverno, no mês de agosto,
longe do mar, do sol e dos rios.

Tenho saudades, melancolias imensas,
menos fé do que muita gente pensa,
e a alma, às vezes, é um lago profundo,

onde uma pequenina esperança refletida,
me diz que é estrela, me diz que há vida,
e pelas margens ascende aos céus do meu mundo.




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Imagem: Super beautiful photos (fb)


 
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 11/05/2014
Reeditado em 29/05/2015
Código do texto: T4803014
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