Segundos infinitos

Eu mantive meu olhar e você o negou

Naquelas palavras bonitas escondiam o terror

Uma breve conquista nem sempre é importante

Nos faz ter algo cessante

Quantas vidas, cheias de nuances

Apavoradas, buscam loucuras exorbitantes

Misteriosas, frágeis cadeias ambulantes

Minha vida é doce e frustrante

Ainda ouço ruídos estridentes

A alma canta e acalma

Os berços fogem, todos morrem

Ninguém me chama a lua dorme

Todos correm sem alcançar

A vida que o brio nunca lhe dar

O mar não pára de lançar

Os segundos que teme negar

Paula Filth
Enviado por Paula Filth em 08/05/2007
Código do texto: T479890