Morte Poética

E o poema se matou

Antes de ser finalizado

Já tinha endereço certo

Que não pôde ser trocado

Descobriu que cada letra

Que nele continha era em vão

Já que o alvo desta flecha

Batia por outro coração

Ele foi objetivo

Em quatro partes se rasgou

Ao final um só suspiro

Por alguém que tanto amou

Foi apagado da memória

Não vive mais com o poeta

Parece o fim da história

Mas ficou uma porta aberta

Na folha abaixo dele

Ficou tudo registrado

Contra a luz ainda é nítido

O sentimento ali gravado

E agora o autor escolhe

Decide o que fazer

Acende o fogo que o consome

Afim de tudo esquecer...

Fhernando
Enviado por Fhernando em 04/05/2014
Reeditado em 16/08/2014
Código do texto: T4794241
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