O DESTINO EM BRANCAS NUVENS

Quem não sentiu a chuva
O sopro do vento no rosto
Vive em mar de culpas
O pessimismo atracado no porto

Quem não matizou veredas
Perdeu-se no caminho
Em indecisas alamedas
Mutação de rosas em espinho

Caderno em brancas nuvens
Escreveu torta a história
Entregando-se à derrota
Sem mudar de trajetória

Sonhos incompletos
De formas irreais
Espelho sem reflexos
Preso em eternos ais

Na boca do espanto
Com o passar do tempo
Uma vida em branco
Escrita em negro lamento



Gilnei Poeta
Enviado por Gilnei Poeta em 07/05/2007
Código do texto: T478314
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