MALDIÇÃO
Um som, um tom e uma musica se abre em mim,
Por entre sonhos e lutas de uma vida que sopra,
vento que canta essa estrada que não tem fim.
Não me ligo nem me acorrento entre apelidos,
Cantores, poetas, atores e farsantes do amor
Entre versos mal cantados apenas uma flor
Uma história mal contada de amores resolvidos.
Foi o que não deveria ter sido,
Mas foi e assim tenho dito.
Minhas cores são apenas minhas,
delas não abro mão
volte por onde vinhas,
é tua toda essa solidão.
Uma história foi contada sob o julgo da loucura,
Rasgou-se o lógico, a razão, nem mesmo ela permaneceu,
Digo isso dessa pobre paixão
Já me foi dada tal descompostura
Mesmo sem conhecer minha condição.
Sigo minha vida, meu poema, meu sonho de criança
Sigo gritando calado essa mesma condição
De ser ao mesmo tempo Deus e o Diabo
Santificando toda essa maldição.