MINHA ALMA
Minha alma nunca foi tão minha.
Pedi-a a mim mesma
e me consenti pulsar a vida
que antes sufocada
no breu do dia cria que vivia.
Minha alma nunca foi tão minha.
O que me importa é cuidá-la,
agora que as feridas já não
doem uivantes noite adentro,
nem a visão se me turva.
Agora que a tenho posso ver Deus
sem estar na condição de pedinte,
rugiente, ululante, regougante,
rota em panos de sacos,
porque, enfim, posso ser semelhante.
Minha alma nunca foi tão minha!
Minha alma nunca foi tão minha.
Pedi-a a mim mesma
e me consenti pulsar a vida
que antes sufocada
no breu do dia cria que vivia.
Minha alma nunca foi tão minha.
O que me importa é cuidá-la,
agora que as feridas já não
doem uivantes noite adentro,
nem a visão se me turva.
Agora que a tenho posso ver Deus
sem estar na condição de pedinte,
rugiente, ululante, regougante,
rota em panos de sacos,
porque, enfim, posso ser semelhante.
Minha alma nunca foi tão minha!