Paradoxal

Versos, mitos e questões.

Dizeres, pensares e frustrações.

Como são toscos tais colocações,

Mesmices e triunfos de um ser sem missão,

Erudito ou Popular.

Apenas rimas feitas sem pensar,

Que rompem a lei e a ordem,

Com a mesma ladainha do falso poetar.

Abalado o culto, e exaltado o morto.

Como galinhas, galinhas que catam grãos de milho,

Catamos letras e versos.

Sem a dor ganhar,

E a civilização apoiar.

Um pirata morto, uma alma reencarnada

Incrédula e insensata.

Tal dialeto mistico, propício a morte.

Propício a vida.

Tão limpo quanto um chão tingido a carmesim.

Tão frutífero quanto um deserto escaldante.

És assim a ignorância,

Tão mórbida e paradoxal.

Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira
Enviado por Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira em 18/04/2014
Reeditado em 27/06/2019
Código do texto: T4774235
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