Somos Crianças
A maldade que às vezes demonstramos não é o que há na realidade,
Somos apenas crianças tentando afastar de perto todo mal,
Afinal quem nunca se sentiu com frio em uma noite e desejou um abraço de mãe,
Ou no caminho escuro não desejou uma mão para segurar...
Crescemos, mas não abandonamos o frágil menino que somos,
Que sonha em ter sempre mais amor em um mundo voraz,
Que espera apenas um sorriso quando nos sonhos só chove,
Um abraço que protege de todos os fantasmas que criamos.
Utopia colorida por vezes ameaçada quando nos deparamos com as barreiras,
No fundo somos crianças que ainda choram com um não,
Que buscam carinho e aconchego de paz ao dormir.
Na ilusão de crescer a criança permaneceu assistindo o mundo girar.
Que da janela aguarda a tempestade acalmar,
Ansiando o sol para correr lá fora sem preocupação,
Todos somos crianças, que mal há em sentir seu calor,
Ou dormir com seus sussurros de amor que recordam canções de ninar?
Neste mundo de ingratidões e surpresas,
Não fora nos dado o direito de escolher, crescer ou permanecer criança,
Mas entre direitas e esquerdas, escolhemos,
Será que uma criança pode acertar?
Se eu errar não me julgue mal,
Este olhar de criança não permitiu ver que além dos contos de fadas,
Havia bruxas que se disfarçavam,
Mas se eu errar me abrace, porque essa criança não deseja nada mais que carinho e amor.