ESTRANHOS

Estranho amor que me acalenta, me alimenta,
Ao mesmo tempo em que e me consome,
A alma não se cabe, se abre na paisagem cinzenta,
Se agita, grita na infinutude, o seu nome.


Estranho eu que ama a quem não me ama,
Que e vão espera, inventa primavera, tece utopias,
Que mantem viva, uma poética flama.


Estranho amor que reina - me causa espanto,
Pois, consegue ir do sofrimento ao encanto.


Estranho amor, estranho eu, entrelaçados na travessia.