Para mim
Um elemento natural
Na minha vida, na minha verdade
É algo desordenado e encantador
Que todos os dias me invade
Invade-me sem pedir
Essa coisa bem maluca
E sem permissão
Arrepia-me até a nuca
Sei que é uma parte de mim mesma
Da qual tenho pouquíssimo conhecimento
Viver sem saber quem sou
Traz-me grandes lamentos
Mas será mesmo necessário
Algo assim tão definido?
Posso ser todas as coisas
E essa ideia eu tenho tido:
Garoa e tempestade
Uma formiga e uma manada
A flor e o colibri
Sou só eu e sou tudo e sou nada