QUASE O ATO FINAL

Quando era menino, eu admirava as cores do arco íris,

Em contraste com o azul do céu,

Em meio aos fulgidos raios de luz amarela,

Perfurando as nuvens,

Como holofotes numa bailarina à dançar,

Num teatro mágico de cores;

Podia viajar com o vento acima das nuvens,

Descer pelas campinas à exalar um perfume de paz;

E nas montanhas, transpassava até as frestas mais estreitas;

Agora, só vejo o cinza de minha dor,

Não posso voar.

Para os amigos, sou apenas lembrança do passado;

Estou preso nas masmorras desse castelo intransponível;

Sou como a semente,

Que caiu no meio dos espinhos,

Germinou e, até cresceu,

Mas que está prestes a morrer sufocado... perfurado,

Privado dos raios de sol,

A água, amarga do fosso, me envenena,

Estou só, cansado de sofrer,

Até quando subsistirei nesta terra árida?

Guerreiro Tharley
Enviado por Guerreiro Tharley em 03/04/2014
Reeditado em 05/04/2014
Código do texto: T4754657
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