MEU ESTRANHO JEITO DE SER

O tempo passando mês a mês,
A vida exigindo um pouco de lucidez,
Eu por minha vez, fluindo loucura,
Seguindo à procura,
Dos lampejos de ternura,
Disponíveis no traçado,
Eu com as minhas rasuras,
Com as minhas reticentes utopias
Com as misericórdias do amanhecer,
Com os sussurros da poesia,
Inseparável companhia.
O tempo passando, me ensinando a viver,
Embora, eu nem sempre aprenda,
Eu complicando a já complicada senda,
Eu pagando o preço,
De ser humano ao avesso.
A vida me levando ou eu levando ela
Uma enigmática novela,
Eu tentando lançar fora as minhas dores,
Mas, algumas resistem, permanecem,
Fazem parte dos dissabores,
A alma não pode se livrar,
Eu movendo o meu sedento olhar,
Fazendo cada momento valer,
Eu  confiando na Pedra Angular,
Deixando o amor inundar,
O meu estranho jeito de ser.