Manifesto do Medo
Quando o frio adentra a minha pele
Quando o vazio se faz gigante aqui dentro
Quando a magoa calada prende ali na garganta
Eu grito
Eu sobrevivo!
Mesmo que minha voz não chegue a teus ouvidos
Assim eu me liberto dessas correntes de ignorância
Dessa gente que manda com ar de militância!
Ás vezes somos obrigados a transformar o errado em certo
Uma falsa ilusão de um mundo perfeito
E soldados que marcham de papel e caneta na mão
São os primeiros a aprender a sina do deus mandão...
Lá no fundo um chamado vai aumentando
Uma voz doce em um mar distante
Abro os olhos e vejo apenas um inverno dilacerante
Uma serpente ziguezagueando em meus caminhos
O coração vai parando
O tempo pereceu em outras jornadas
Atravesso as montanhas até o circulo de fogo
Lá no topo acompanho o exercito do bem caminhando itinerante
Até que o vale se cubra de verde outra vez
Precisamos que os heróis caídos recuperem sua lucidez...
Na ponta do lápis um desejo, na memória um segredo
Ser livre hoje
Ser para o mal do século um terrível guerreiro.
Dedicado a todos que se sentem muitas vezes sufocados pela rejeição, autoridade e/ou “senso comum” deste seboso reino capitalista opressor.