Na Casa do Instante

Sentado sobre a calçada,

Deixo a brisa me tocar.

Deixo a mente, por si, trabalhar fantasias...

Eu não quero mais nada!

Volto num tempo

Que eu mesmo fugi.

Repriso, aqui, aqueles terríveis dias...

Curo-me destes momentos.

Há trilhas sonoras em meu peito.

Canções aleatórias e fortes.

É uma sorte que me alimenta;

Dá brilho no preto e branco do meio.

Deito sobre a calçada, agora.

Choro, olhando para o céu...

Não sou réu, entenda!

Só preciso ir embora.

Não me culpe por nada.

Apenas, perdi a minha estrada.

O meu céu já está distante...

Ficar nessa calçada é o melhor, nesse instante.

Rômulo Sousa
Enviado por Rômulo Sousa em 27/03/2014
Reeditado em 30/12/2014
Código do texto: T4745311
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