Na Casa do Instante
Sentado sobre a calçada,
Deixo a brisa me tocar.
Deixo a mente, por si, trabalhar fantasias...
Eu não quero mais nada!
Volto num tempo
Que eu mesmo fugi.
Repriso, aqui, aqueles terríveis dias...
Curo-me destes momentos.
Há trilhas sonoras em meu peito.
Canções aleatórias e fortes.
É uma sorte que me alimenta;
Dá brilho no preto e branco do meio.
Deito sobre a calçada, agora.
Choro, olhando para o céu...
Não sou réu, entenda!
Só preciso ir embora.
Não me culpe por nada.
Apenas, perdi a minha estrada.
O meu céu já está distante...
Ficar nessa calçada é o melhor, nesse instante.