Eu trago comigo umas dores muito antigas
De pernas compridas
E braços gastos, feitos em pedaços
Doentias...



E trago porque não pude abandoná-las nas esquinas
Nas sarjetas
Nos becos sem saída
Nas beiras de rios
Na vida...
(E como queria!)

Eu tento acender umas lembranças quase extintas
Véus,
Missais
Garagem
Papa-capim
Domingos
Quintais
Risos e alegrias...



Eu trago todos os dias enrolados nas noites infindas
E trago forte essas enfumaçadas noites
Como um último cigarro
Um último gole
Como um último suspiro...











 

Adah
Enviado por Adah em 18/03/2014
Reeditado em 06/08/2023
Código do texto: T4733357
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.