E não desisto nunca?!
Ando perdendo as gargalhadas,
ando vivendo num gerúndio sem nexo.
Ando bossa,
ando sexo,
ouço bostas... perplexo.
Toalhas e maçãs,
causos que explicam tudo,
uns casos sem amor,
uns amores sem amar.
Ando perdendo a noção.
Ando muito verbo
para pouca vida.
Sei que sabes de mim,
sei dos feudos e da salvação,
sei ler e comprar diplomas,
sei que sei qualquer besteira.
Mas vou andando num dilema sem fim.
"Moço, dá cá um pão."
"Senhora, uma moeda, por favor."
"Senhor, dá-me tua graça, (mas de graça mesmo, pai)?"
Ando perdendo o bonde e o emprego.
Antes mesmo de nascer.