Noturno.

Quarto escuro,não vejo nada.

A sala flutua na minha penumbra.

Os "outros",dormem o seu sono

de paz.

Eu não durmo, o noturno da minha poesia

vara o dia.

Sou incompleta,na medida exata,do que eu procuro.

O "amor",brinca comigo na sala,enquanto recolho os

brinquedos.

Ele está tão quieto...parece nem me querer por perto.

Mas,amor assim, a gente cuida que nem filho.

Não o queremos ver partir.

Os seus olhos agora...me pedem,me explicam

mas,eu não quero ouvir.

Quero só tê-lo em meus braços,acariciar a sua face.

Mesmo,que "passe" por nós...qualquer despedida.

A penumbra,não me assusta mais.Nela encontro a paz

que eu não tenho no burburinho,no "estar sozinho"

Mesmo na multidão.

A paz desse amor me garante,que eu não sou mais,

quem sonha sozinha e acorda,sem "vida".

Se é assim que estava escrito,não serei eu...

A mudar o destino de nós dois.As gaivotas estão voltando...

Já é hora de dormir.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 01/05/2007
Código do texto: T471312
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