LÁ VEM O OUTONO
LÁ VEM O OUTONO
Lá vem o outono
Do perder folhas
Do amadurecer frutos
Do morrer ressuscitando
Do deixar partir
O que já não serve
Para resgatar o essencial
Para repousar
Dos folguedos acalorados
De alguns sacrifícios
Que são sagrados ofícios
Renascer para um novo tempo
Deixando o que não presta
Ser levado pelo vento
E saber que o que parece dano
Ledo engano
É arte do soberano