Autoanálise

Posso não ser das letras o senhor,

Talvez não seja tão bom escritor,

Mas preciso continuar a materializar,

Os sentimentos que em mim se criam,

Pois aqui dentro eles já não cabiam,

De alguma forma precisava os expressar.

Crio e recrio inúmeras fantasias,

Escrevo sonetos, trovas e poesias,

Revelo aquilo que penso sem hipocrisia,

Buscando novos sentidos e sensações,

Explorando ao máximo minhas emoções,

Solidificando o que o mundo desvirtuaria.

Deixo no silêncio minha alma gritar,

Para que assim, outro poema ela possa ditar,

Ouço e escrevo sem demora,

Algo que vem como o raiar da aurora,

Fugaz, lindo e insurgente,

Refletindo o que meu ser deveras sente.