A Árvore
Os dias trovejam,
Olho pra cima e parece que a tempestade não vai acabar.
Lá fora, vejo a tão bela arvore da primavera,
Que ficou tão só e sem graça.
O inverno tirou tudo de feliz que tinha nela,
As folhas, seus frutos de outono,
E até as belas flores.
Vejo que os passarinhos não a querem mais para seus ninhos.
Triste, a cada momento perde mais um pouco para a chuva,
A árvore que a cada raio teme cair.
Os dias passam, as nuvens se vão.
E a árvore sozinha tentando se recuperar.
Quando o sol resolver aparecer,
assim como a família,
Para aquecer nossa árvore de esperança.
Mais alguns dias,
Uma melodia no meio de tanta solidão é possível escutar,
São passarinhos que cantam ao reconstruir seus ninhos,
Entre as folhas, que novamente estão lá.
Os passarinhos são como aquelas pessoas
Que surgem bem de mansinho,
Como se Deus tivesse falado: “é agora seu momento, vai lá.”
Que bela árvore!
Só assim podemos perceber,
Como é divino ser abalada por uma tempestade,
Nossas raízes ficam mais firmes para as próximas que possam aparecer,
Nos tira cada folhinha seca e feia presa em nos,
Limpa cada ferida feita em nossa casca por insetos que não deveriam ficar ali,
E nos faz olhar, que belo sol que temos.
Obrigada tempestade!