em breve virá o sol

nas curvaturas dos ombros nasce e morre o sol

sem verdejar a pele que se rasga de estio

as vindas e idas esqueceram de serenar

o chão e abastecer os rios de poesia

é a noite que veste meus olhos na cor detrás da lua

minhas mãos é céu que não cintila estrelas

por onde abriu-se um buraco negro de pensamentos

dói erguer os olhos e ver a linha do horizonte

balançando à deriva – rompida

o silencio caminha solene com um cálice invertido

sorrindo

o conteúdo perdido

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 18/02/2014
Código do texto: T4696326
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