Não há um adeus
Não digo adeus ao céu
Pois quero vê-lo outra vez
Nem ao mar infinito
Nem as chuvas de véu
Não digo adeus ao amor
Porque o desejo incessantemente
Nem a esperança contínua
Nem mesmo a qualquer dor
Não digo adeus às pessoas
Já que as verei pelos tempos
Nem a essência partirá
Nem mesmo Fernando Pessoa.
Não digo adeus a nada.
Pois sei que terei outras vidas
Tudo é um círculo que vai e volta
Nem a voz que se esconde calada
Não digo adeus, e sim até breve.
Pois tudo que desaparece
Apenas adormece por um tempo
Para quando voltar que seja leve.