CHÃO BATIDO...NEGRO ASFALTO

Na estrada de chão batido...

As lembranças da infância

Pés descalços na mansa tarde

Comer manga debaixo da árvore

No negro asfalto da alameda...

Lufa-lufa pra não perder a hora

Morte... Sangue... Violência!

A virgem visita de porta em porta

Na soledade passa na frente

Atrás do trio elétrico!

Em euforia uma multidão.

Os dias passam em correria

O tempo é senhor de todos nós

Cruel impiedoso algoz!

É preciso aquietar a mente

Para ouvir a voz do coração

Ver flores lilases na copa da árvore

Do sopro viemos! Ao pó voltaremos!

São as estrelas almas que se foram?

Deslizam os sonhos na avenida das ilusões.