Ah, Nostálgica Solidão

Solidão é um sentimento de nostalgia.

Ele nos acompanha durante toda a vida,

Mantendo-nos unidos a nós mesmos por meio de uma embriagante sensação,

Desconfortável,

Desgostoso,

Dolorosos,

Dinâmico,

Denso,

Desejado.

A nostalgia da solidão é famigerada pela reciprocidade incompleta dos sentimentos.

Ela surge, adequadamente, nos melhores e piores momentos.

Não, não é de forma incoerente: justamente o contrário,

É de todo coerente.

A famigerada solidão nos vem quando a alma chama, quando o corpo necessita,

Quando nós precisamos de nós mesmos.

Não é, de modo algum, a expressão da falta de companhia humana.

É a falta de nossa própria companhia.

Ela personifica a nossa incapacidade de estarmos com nós mesmos.

De estabelecermos um diálogo saudável e sadio com o nosso ser.

Conversar consigo mesmo é a maior benção que há,

E por vezes nos negamos este direito.

É doloroso,

Para o nosso ser,

Para a nossa alma,

Para a nossa consciência,

Para quem você há de ser,

Ser negado pelo seu próprio ser.

Então ela vem, de forma nostálgica.

Ela vem para lhe lembrar de que há dentro de si mil questões a se responder.

Ela vem com uma força e ímpeto únicos.

É nostálgico, porque vem logo após os momentos “melhores”, com os “piores” e “menores” detalhes.

Ela vem, e nos lembra de que nem tudo são flores.

Que este mundo não é tão belo quanto nossas lembranças saudosistas insistem em recordar.

Não! Ela renega a isso.

Ela busca ao seu ser. Ela busca te expandir, te compreender.

E essa imensa solidão que ao seu ser habita,

Ela jamais o abandonará,

Não deixe a solidão sozinha,

Deixe-a simplesmente estar,

Como sempre esteve,

Sendo o seu lar.

Victor Said ss
Enviado por Victor Said ss em 13/02/2014
Código do texto: T4689950
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